Como se sabe, blog é um site de fácil utilização, onde podemos escrever o que pensamos, interagindo e trocando idéias com outros internautas.

Com este blog convidamos os amigos internautas para juntos estudarmos e trocarmos idéias, debatendo, expressando opiniões e sugestões a respeito dos assuntos. É de necessidade urgente sanarmos ou minimisarmos os problemas que tanto afligem a todos nós.
Estudemos o porquê de tanta violência, de tanta corrupção, desrespeito, ganância e crimes de toda espécie. Com a colaboração de todos, sem dúvida, encontraremos o caminho para reverter a situação lamentável em que vivemos.
Procuremos semear e cultivar de todas as formas, a educação, a solidariedade, a justiça, a paz, e assim deixarmos para nossos filhos, netos e bisnetos, para os nossos descendentes e para toda a humanidade um mundo bem melhor.
Escrevam, dêem suas opiniões. Juntos poderemos alcançar mais facilmente nossos objetivos. Em prosa ou em versos, em críticas, contos, fatos, sugestões, comentários, muitas idéias poderão ser apresentadas e estudadas até encontrarmos soluções.
Vamos iniciar com uma pequena poesia:



O CAMINHO É O AMOR



O amor traz solidariedade.

Traz bom senso, consciência, perdão!

Afasta a ganância, a violência, a maldade...

Traz paz ao nosso coração!



Amar ao próximo e a muito mais

afasta males e a própria dor.

Leva-nos a uma vida em paz...

e à certeza de que o caminho é o amor!




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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

SEREMOS ALGUM DIA JAPONESES?

Ruth de Aquino - Colunista da Época
raquino@edglobo.com.br
O dinheiro e as barras de ouro estavam em cofres e carteiras de vítimas do tsunami no Japão. Em casas e empresas destruídas. Nas ruas, entre escombros e lixo. Ao todo, o equivalente a R$ 125 milhões. Dinheiro achado não tem dono. Certo? Para centenas ou milhares de japoneses que entregaram o que encontraram à polícia, a máxima de sua vida é outra: não fico com o que não é meu. E em quem eles confiaram? Na polícia, que localizou as pessoas em abrigos ou na casa de parentes e já conseguiu devolver 96% do dinheiro.
A reportagem foi do correspondente da TV Globo na Ásia, Roberto Kovalick. A história encantou. “Você viu o que os japoneses fizeram?” Natural a surpresa. Num país como o Brasil, onde a verba destinada às inundações na serra do Rio de Janeiro vai para o bolso de prefeitos, secretários e empresários, em vez de ajudar as vítimas que perderam tudo, esse exemplo de cidadania parece um conto de fadas. O que aconteceu em Teresópolis e Nova Friburgo não foi um mero e imoral desvio de dinheiro público. Foi covardia.
Político japonês não é santo. Mas digamos que, em alguns países, os valores da população são menos complacentes do que em nosso cordial patropi. E a impunidade não é regra. Em que instante a nossa malandragem deixa de ser folclórica e cultural e passa a ser crime de desonestidade? Por que a lei de tirar vantagem em tudo está incrustada na mente de tantos brasileiros? A tal ponto que os honestos passam a ser otários porque o mundo seria dos espertos?
A presidente Dilma Rousseff não parece fazer parte do time dos espertos. É o que tem atraído para ela um tsunami de simpatia popular. Você deve ter reparado. Ao discursar, Dilma não faz piada, não diz palavrão, nem comete analogias com o futebol. Ao contrário. Ela é a antítese do palanqueiro populista. Tem dificuldade em falar a linguagem do povão até quando coloca o chapéu das Margaridas, as trabalhadoras rurais. Promete “implantar, implementar, disponibilizar”.
Eles devolveram às vítimas do tsunami R$ 125 milhões. Precisamos – nós e a polícia – aprender a agir assim
Seu desconforto com o palco é evidente. Dilma lê. Não é bom para ela, porque os olhos baixam. A leitura torna o discurso mais frio e hesitante, porque há vírgulas. Ela tropeça nos travessões. Seu pensamento não flui. É pedir demais que ela se torne um dia uma oradora que arrebate multidões. Mas a ausência de carisma parece não importar ao brasileiro. O eleitor não aguenta mais a cambada que suga recursos de nossa Saúde, nossa Educação. Dilma parece um peixe fora do aquário de piranhas políticas. E por isso conquista.
“Quero reafirmar a importância concreta e simbólica do pacto que firmamos hoje. É o Brasil fazendo a faxina que tem que fazer, a faxina contra a miséria”, disse Dilma na sede do governo de São Paulo. Foi um discurso para calar quem tenta isolar a presidente. Ela quis mostrar que está acima das disputas palacianas e não está sozinha coisa nenhuma. O “pacto republicano” de Dilma é suprapartidário. As fotos do “flerte” com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso devem ter causado urticária ao PT. Onde está mesmo a “herança maldita”?
Leitores me pediram para encampar a campanha anticorrupção do gaúcho Pedro Simon. Esta coluna não precisa encampar nada. Simon disse: “A sociedade tem que liderar o movimento”. É patético o coro de “volta, Lula”, ensaiado pelos que comiam churrasco no Palácio da Alvorada e hoje se veem privados da picanha presidencial.
As redes sociais começam a se mobilizar. Cariocas marcaram para 20 de setembro um grande ato contra a corrupção, na Cinelândia, centro do Rio, onde 200 mil pediram em 1984 as Diretas Já. “Queremos evitar batuque, por isso não escolhemos a orla”, dizem os organizadores. Há a sensação de que o movimento precisa estar nas ruas para ganhar legitimidade.
Políticos incomodados tentam nos impingir o medo. Uma frente anticorrupção jogaria o país na anarquia ou na ditadura. Isso é conversa para brasileiro dormir. Um dia, todos precisaremos aprender que não se coloca no bolso, na bolsa, nas meias e nas cuecas um dinheiro que não nos pertence. É roubo.